A Avon está tentando ser uma marca com um propósito, apoiando e criando campanhas pelos direitos das mulheres.
Na Costa Rica, a maior parte da violência contra as mulheres ocorre durante e depois dos jogos nacionais de futebol . O consumo de álcool e a raiva alimentam uma sociedade já machista, já que o número de denúncias de agressão dispara nesses momentos.
Durante o jogo mais seguido da temporada (“The Classic”, Saprissa x Alajuela), em fevereiro desse ano o filme foi exibido várias vezes. E teve um enorme impacto que foi imediatamente mostrado nas mídias sociais, onde as pessoas usaram a hashtag #NiUnaMenos (#NotOneLess) para elogiar a marca por sua coragem. #NiUnaMenos é um movimento já estabelecido que exige o fim da violência contra as mulheres.
O movimento feminista argentino de quarta onda (#NiUnaMenos), se espalhou por vários países da América Latina, que faz campanha contra a violência de gênero. Em seu site oficial, Ni una menos se define como um “grito coletivo contra a violência machista”.
Fotógrafo e ativista francês Yann Arthus-Bertrand, entrevistou 3 mil mulheres pelo mundo, coletando depoimentos em 40 países, incluindo o Brasil, para o documentário Woman, que mostrará o olhar feminino para questões como guerra e casamento.
Autor de “Human — Uma viagem pela vida”, filme de 2015 em que buscava explorar a essência do ser humano, ele agora se junta de novo à jornalista ucraniana Anastasia Mikova, nesta investigação sobre a condição feminina, projeto que está em fase de montagem e tem estreia prevista para o segundo semestre na Netflix.
Segundo a jornalista Anastasia Mikova, as mulheres querem ser ouvidas, para quem estava claro desde o começo que a narrativa teria de ir além da violência. “De tudo que eu ouvi, o filme poderia ser ¾ sobre violência, porque a proporção de mulheres que ainda sofrem com isso é enorme, mas não queremos um filme chamado “‘Woman’ falando sobre violência”. As mulheres têm um olhar diferente sobre o mundo”.
No Brasil, 50 mulheres
A dupla (Yann Arthus-Bertrand e Anastasia Mikova), ouviu de tudo em conversas com anônimas e famosas. No Brasil, temas como casamento, medo, relógio biológico e aborto foram explorados por quase 50 mulheres ouvidas na capital paulista, na Chapada dos Guimarães, em Salvador, em Boa Vista e em uma aldeia yanomami, no fim de 2018.
Neste vídeo, Anastasia Mikova fala sobre seu papel de co-diretora em ‘Woman’, um documentário épico que ela fez com Yann Arthus-Bertrand, e sua visão para o filme. O projeto é uma exploração poderosa do que significa ser mulher. Anastasia diz: “Eu me sinto muito esperançosa sobre o futuro. Essas mulheres que nunca tiveram uma oportunidade em suas vidas – imagine se amanhã a oportunidade deles estiver lá, o que vai acontecer? As mulheres não querem mais esperar. Estávamos pensando, “Talvez, se esperarmos, mude. Talvez, se explicarmos um pouco melhor, os homens mudem. Talvez, se isso ou aquilo acontecer …” Mais e mais, as mulheres digam: “Não quero ver o que acontecerá amanhã, quero fazer parte dessa mudança e quero que aconteça agora”.